Produtores gaúchos organizam mobilização para o dia 13 de maio, juntamente com a Fetag. A concentração acontece em Júlio de Castilhos, São Sepé, Pantano Grande e Porto Alegre, reunindo produtores rurais de diferentes cidades do Estado.Eles reivindicam o alongamento das dívidas elegíveis, por um período de 20 anos, com 2 anos de carência e juros de no máximo 6% ao ano. As dívidas elegíveis são aquelas em que os recursos foram utilizados para atividades agrícolas, incluindo CPR (Cédula de Produto Rural), juros livres e controlados, crédito comercial, cartão de crédito e cheque especial.
Para os dois últimos, é necessário comprovar a utilização dos recursos na atividade rural por meio de extratos do cartão ou transferências bancárias. Também serão consideradas dívidas ajuizadas ou inadimplentes. Os produtores querem que sejam incluídos todos os vencimentos de 2024 e 2025, exceto os valores já liquidados e a linha emergencial do BNDES – todos os demais que se enquadram, inclusive aqueles prorrogados.
Os produtores também querem que os recursos do pré-sal sejam repassados ao Banco do Brasil, permitindo que cooperativas e cerealistas captem esses recursos mediante a comprovação das dívidas. O risco dessa operação será assumido pelo agricultor, e não pelas cooperativas ou cerealistas. Ainda, a criação de um fundo garantidor financiado com um desconto de 0,2% do total da produção agrícola e de máquinas em cada estado, a liberação de recursos extras, além de medidas de desburocratização para facilitar a instalação de sistemas de irrigação e armazenamento de água, além da criação de linhas de crédito específicas para irrigação e recuperação de solo. Os produtores também querem que todas as medidas que promovam mudanças no setor do agro sejam tomadas apenas após consulta direta aos agricultores.