Um levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que menos de 0,1% das emendas parlamentares editadas em 2024 foram alocadas para projetos de recuperação das áreas do Rio Grande do Sul afetadas pela enchente daquele ano. O estudo, elaborado pelo Centro de Estudos de Reparação e Recuperação da FGV Projetos, indica que apenas sete das 6.990 emendas parlamentares editadas no ano passado foram destinadas à reconstrução no estado.
No total, 173 emendas foram direcionadas ao Rio Grande do Sul, sendo 140 de autoria de deputados e senadores locais e 33 de deputados de outros estados. Em termos financeiros, R$ 4,4 milhões foram atribuídos à recuperação dos danos causados pela enchente, o que corresponde a menos de 0,01% dos R$ 44,8 bilhões empenhados em emendas parlamentares ao longo de 2024. O total destinado ao estado foi de R$ 260 milhões.
De acordo com o estudo da FGV, quatro das sete emendas foram voltadas para ações de proteção e defesa civil, totalizando R$ 1,6 milhão. As três emendas restantes contemplaram: R$ 1 milhão para custeio dos serviços de assistência hospitalar e ambulatorial relacionados ao estado de emergência; R$ 1,3 milhão para a reforma dos elevadores do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), que sofreram danos devido às chuvas; e R$ 500 mil que deveriam ser utilizados para intercâmbio de experiências e ajuda humanitária, mas foram redirecionados para pagamento de dívidas.
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