Entre 1991 e 2023, 3.464 pessoas perderam a vida no Brasil devido a deslizamentos, enchentes e outros eventos hidrológicos, muitos dos quais estão associados a chuvas intensas. Apesar dos bilhões investidos em prevenção de catástrofes e dos prejuízos financeiros significativos, pelo menos 32,49% dos municípios brasileiros não possuem sistemas de drenagem para água da chuva.
Essas informações fazem parte do “Estudo sobre o setor de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas no Brasil”, um levantamento do Instituto Trata Brasil, divulgado nesta quarta-feira (23). O estudo destaca a importância da drenagem e do manejo de águas pluviais urbanas para o controle do escoamento das chuvas, visando prevenir alagamentos, erosão do solo e deslizamentos de encostas. A relevância dessa política se intensifica no contexto tropical brasileiro, frequentemente atingido pelas chamadas “chuvas de verão”.
A pesquisa se baseou no Diagnóstico Temático do Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA) para Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas (DMAPU), um documento técnico elaborado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades com dados coletados em 2023, divulgado em março de 2025.
O diagnóstico incluiu a participação de 4.958 municípios, representando 89% do total de 5.570 municípios brasileiros. Esses locais abrangem 95,1% da população total do país, que soma aproximadamente 195,1 milhões de pessoas.
