Familiares da médica veterinária que faleceu sábado em Ijuí foram à Delegacia de Polícia. Registraram um boletim de ocorrência, descrito como fato atípico. A causa da morte de Taísa Cristini Protti, 40 anos, passa, portanto, a ser investigada na polícia.
A irmã de Taísa, Eloísa, em rede social, desabafou, entendendo que houve negligência no atendimento na UPA. “Denunciamos para salvar outras vidas de tamanha barbaridade. Poderíamos ter levado direto ao hospital, em vez de seguir um trâmite que não é seguido nem por quem mais precisava seguir. Era só olhar o prontuário dela e fazer um eletro”, detalhou a irmã. Taísa foi atendida inicialmente na Unidade de Saúde de referência e orientada a ir à UPA.
E após essa repercussão, o município também abriu sindicância para investigar o caso.
Taísa foi atendida na UPA e liberada da unidade de saúde no dia anterior a sua morte, que ocorreu no sábado.
A sindicância vai apurar os fatos, as responsabilidades para ter clareza do percurso que foi feito e o que resultou na morte, disse no Fatorama o secretário Márcio Strassburger. Ele pediu urgência para o esclarecimento o mais rápido possível.
Já o vereador Mateus Pompeo de Mattos,do PDT, confirmou no Fatorama a intenção de instaurar CPI para buscar respostas para a comunidade em relação à morte de uma pessoa em Ijuí, após ter recebido atendimento na UPA da Avenida Getúlio Vargas.
“Não é algo pirotécnico”, disse, ao se referir sobre a instauração da investigação.
Não é o caso de pré-julgar ninguém, mas há indícios de que a ijuiense foi atendida na Unidade do Bairro, depois na Unidade de Pronto Atendimento, tratada como crise de ansiedade. “Temos que apurar como isso tudo aconteceu.
Ouvir a equipe técnica e familiares é uma das tarefas da CPI.
“Nas redes há um pré-julgamento, mas é preciso preservar profissionais que fizeram o atendimento”, justificou também o vereador.
Segundo ele, a CPI não é para achar culpados, e sim saber a verdade. A Comissão terá participação proporcional às bancadas.