Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,43%, após subir 0,56% no mês anterior, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (9). Mesmo com a desaceleração de um mês para outro, os alimentos e a saúde continuam pressionando o bolso do consumidor brasileiro. De acordo com os dados, o grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 0,82% em abril e Saúde e cuidados pessoais subiram 1,18%.
Confira os itens que ficaram mais caros em abril:
Alimentos:
Batata-inglesa: +18,29%
Tomate: +14,32%
Café moído: +4,48%
Lanche: +1,38%
Hortaliças e verduras (grupo): +1,23%
Bebidas e infusões: +1,06%
Pescados: +1,05%
Leites e derivados: +1,01%
Enlatados e conservas: +0,89%
Sal e condimentos: +0,85%
Panificados: +0,83%
Alimentação no domicílio (grupo): +0,83%
Aves e ovos: +0,72%
Carnes e peixes industrializados: +0,45%
Saúde e cuidados pessoais:
Produtos farmacêuticos: +2,32%
Plano de saúde: +0,57%
Serviços laboratoriais e hospitalares: +0,57%
Serviço bancário: +0,87%
Depilação: +1,46%
Cabeleireiro e barbeiro: +0,84%
Manicure: +0,95%
TV por assinatura: +2,64%
Aluguel de veículo: +2,95%
Casa noturna: +1,03%
Serviço de higiene para animais: +0,94%
Habitação e outros:
Artigos de residência (grupo): +0,53%
Vestuário (grupo): +1,02%
Comunicação (grupo): +0,69%
Cigarro: +2,71%
Conserto de automóvel: +1,25%
Apesar dessas pressões, algumas quedas ajudaram a conter a inflação:
Alimentos:
Cenoura: -10,40%
Mamão: -5,96%
Arroz: -4,19%
Frutas (grupo): -0,59%
Óleos e gorduras: -0,56%
Carnes: -0,08%
Farinhas, féculas e massas: -0,01%
Transportes e combustíveis:
Passagem aérea: -14,15%
Pedágio: -5,78%
Pacote turístico: -1,03%
Etanol: -0,82%
Gasolina: -0,35%
Óleo diesel: -1,27%
Gás veicular: -0,91%
Habitação e monitorados:
Energia elétrica residencial: -0,08%
Gás de botijão: -0,09%
Ônibus urbano: -0,09%
Ônibus interestadual: -0,23%
Aluguel residencial (variação estável): 0,23%, mas sem contribuição para desaceleração
Serviços:
Despachante: -1,04%
Transporte escolar: -0,29%
Transporte por aplicativo: -0,06%
Costureira: -0,84%
Tratamento de animais (clínica): -0,06%
Cursos diversos: -0,01%
Fora da meta
Em abril, a inflação foi registrada em 0,43%, uma desaceleração de 0,13 ponto percentual (p.p.) sobre a taxa registrada em março (0,56%). Mesmo assim, segundo o IBGE, foi o maior IPCA para um mês de abril desde 2023 (0,61%).
No ano, o IPCA acumula alta de 2,48% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,53%, acima dos 5,48% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,38%.
A expectativa de analistas de mercados ouvidos semanalmente pelo Banco Central é de que a taxa fique em 5,5% em 2025, bem acima do centro da meta contínua de 3% estabelecida pelo governo, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Desta forma, o BC tem pressionado cada vez mais os juros para conseguir trazer o índice para dentro da meta. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ocorrida nesta semana, os diretores da autarquia aumentaram 0,5 ponto percentual da Selic, deixando a taxa em 14,75% ao ano – a maior em quase 20 anos.
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