Em meio a polêmica e contestação do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs), o governo gaúcho divulgou, na última quarta-feira (4), o número de inscritos para o processo seletivo simplificado que abre 2.052 vagas temporárias de servidor público estadual. Das 86.276 inscrições registradas, 30.019 candidaturas não foram homologadas devido à falta de documentação, uma vez que o prazo para a entrega terminou na sexta-feira anterior (29).
Os cargos com maior demanda foram os de Agente Administrativo, Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão, e Analista de Projetos e Políticas Públicas nas funções de Administrador e Analista em Educação. A lista completa de vagas e respectivas inscrições está disponível no final desta reportagem.
O concurso, lançado em novembro, contempla oportunidades em níveis Médio e Superior, com vagas abertas em todo o Rio Grande do Sul. Os salários oferecidos variam entre R$ 3,5 mil e R$ 16 mil. O contrato tem duração de 24 meses, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.
O processo seletivo consiste na análise de títulos dos candidatos, sem a aplicação de provas práticas ou teóricas, o que gerou questionamentos e ações judiciais por parte do Sintergs.
As oportunidades abrangem todo o Rio Grande do Sul, incluindo 1.779 vagas em Porto Alegre e distribuindo as demais vagas em diversos municípios, como Fronteira Oeste (26), Serra (29), Vale do Sinos (23), Região Sul (20), Vale do Rio Pardo (11), Vale do Taquari (18), Região Metropolitana (14), Missões (12) e Litoral Norte (10). Além disso, há vagas em outros municípios, tais como Lagoa Vermelha (1), Vacaria (3), Frederico Westphalen (3), Montenegro (3), Soledade (4), Três Passos (4), Erechim (6), Palmeira das Missões (7), Ijuí (8), Cruz Alta (9), Santa Rosa (11), Santa Maria (12), Bagé e Hulha Negra (12), Cachoeira do Sul (13), Passo Fundo e Carazinho (14).
Na semana passada, o Sintergs apresentou uma Ação Civil Pública solicitando a suspensão do processo seletivo, argumentando que o modo de seleção simplificado, sem aplicação de provas e com base exclusiva na análise de títulos, não está de acordo com as exigências de um concurso público. A entidade também exige que um novo edital seja publicado dentro de 90 dias.
O governo do estado afirmou que recebeu a notificação e que o prazo para o Estado prestar esclarecimentos à Justiça terminou na última terça-feira (3). O processo de seleção continua ocorrendo normalmente, já que a ação judicial não suspende os prazos já publicados no último edital.