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Eleição histórica: Vilson Hepp e Marcelo Furmann disputam o voto do sócio Rubro para a presidência do São Luiz

Fotos: Priscila Silva/Marcony Rodrigues – Rádio Repórter

Numa iniciativa do Grupo Mânica de Comunicação, a Rádio Repórter reuniu hoje(19), no Fatorama, os candidatos a presidente do São Luiz, pleito que tem votação iniciou às 14h e irá se estender até às 21h desta quarta-feira junto a ACI em uma eleição que entra para a história dos 85 anos do clube que terá disputa entre duas chapas.

Inicialmente Vilson Hepp, da chapa Inovação e Renovação com Experiência, em sua apresentação, disse que trabalha 99,99% do seu dia a dia sem custo para o clube já há 20 anos, se afastando da empresa e por vezes da família para fazer o melhor pelo Rubro. Apresentou a sua chapa e classificou o debate como grande oportunidade para a apresentação de ideias e o planejamento estratégico para o seu mandato, se eleito.

O candidato da chapa São Luiz 2030 – Crescimento, responsabilidade e transparência Marcelo Weber Furmann, falou sobre a composição do grupo, valorizando o fato de que pela primeira vez uma chapa concorrente a diretoria do São Luiz tem uma mulher, e dizendo acreditar no futuro do clube com crescimento, desde que haja responsabilidade e transparência. Ressaltou que o que levou a formar o grupo, é a ideia de propor um plano de gestão de longo prazo e assim fazer o clube crescer ao longo dos anos.

No espaço de debate Marcelo Furmann solicitou a Vilson Hepp que apresentasse o seu projeto inovador para o clube e seu adversário respondeu que uma das inovações será estar junto ao São Luiz, dispondo três dias de expediente por semana no Estádio 19 de outubro. Acrescentou que buscará a construção de um centro de treinamento inovador, e sublinhou a necessidade de uma valorização maior da torcida Fanáticos da Geral. Dentro do projeto de inovação Vilson Hepp, falou sobre construção de um CT e aquisição de um ônibus para o clube. Disse que novas campanhas de sócios serão realizadas e citou a criação do sócio jovem, e sócio mulher, melhorando a participação feminina no Estádio. “Um exemplo é a loja de produtos do clube que tem pouco material para a ala feminina”, frisou. No mesmo tema, lembrou que o São Luiz terá o sócio Fanáticos com mensalidade diferenciada, e apoio do clube nas viagens. “Atualmente são 103 componentes no grupo, precisamos melhorar isso”, disse reiterando foco no futebol, departamento formatado na sua chapa com pessoas experientes, lideres com conhecimento, e que terão dedicação e inteligência no trabalho a ser desenvolvido. “O futebol profissional vai funcionar com profissionais que entendem da área”, disse.

Em contra-ponto, o candidato Marcelo Furmann lembrou que inovação é tudo aquilo que não era feito dentro do clube; e que Vilson só falou daquilo que já vinha sendo feito. Hepp voltou a falar ao ser indagado que seu grupo já vem conversando sobre busca de recursos para efetivar as propostas e destacou que visitas já estão sendo feitas com bons resultados,  salientando que já há pessoas encaminhadas e há dinheiro disponível para realizar os projetos. “Nosso associado pode ter certeza, pode demorar um pouco, mas já estamos buscando a concretização destes projetos. A captação de recursos já está sendo feita”, disse.

Sobre profissionalização do Marketing, elogiou o trabalho feito nos últimos anos, e mais uma vez falou em profissionalização do setor, reiterando que este profissional precisará mais tempo dentro do clube buscando inovações. Vilson disse que o foco principal de sua gestão será o futebol profissional, por que tendo qualidade em campo, haverá atração de novos sócios. Neste sentido destacou o relacionamento de integrantes da chapa que dará o suporte necessário. Há também, segundo ele, um plano especial para o futebol de base e lembrou que “amanhã temos que trabalhar com o futebol, por quê daqui há 30 dias tem a Copa FGF e o torcedor quer saber”.

O candidato da chapa São Luiz 2030 – Crescimento, responsabilidade e transparência Marcelo Furmann, lembrou sobre profissionalização do Marketing, que na atualidade, há agência já contratada e que trabalha nessa área e reiterou que o quê viu nas respostas de seu oponente é que há um circulo vicioso e que Vilson não apresentou novos projetos. “Ele chegou a dizer que não poderia entregar o ouro, como se fossemos bandidos o que não somos”.

Salientou que nos últimos quatro anos  muitas propostas  saíram do papel e pontuou o sistema eletrônico de ingressos, implantação das catracas e todo o sistema de contabilização de vendas dos ingressos na baixada. Foi implantado o sistema de associação via web, criado e implementado projeto das categorias de base do clube e que está em andamento nas modalidades sub-15, sub-17, e sub-19 e destacou que se eleito deverá implantar projeto de futebol de base nas categorias femininas. Furmann destacou ainda a estrutura do novo restaurante que poderá ser melhor explorado, além das reformas feitas no 19 de Outubro. Ainda sobre Marketing, lembrou do licenciamento da marca do clube, inclusive com erva mate que já é comercializada e disse que nos últimos anos, mais de 10 mil camisetas foram vendidas, uma média de 2,5 mil – ano.

Marcelo Furmann destacou ainda a interação do Rubro com o sócio via Watts que recebe informações do clube. “Grande parte desse desenvolvimento passa pelo departamento de Marketing que está concorrendo conosco e que já fazia parte na gestão anterior. Lembrou que no campeonato gaúcho deste ano, 2 milhões de visualizações foram registradas na pagina do clube e a marca também foi evidenciada por meio de influenciadores. “Nosso intuito é contar com o apoio do sócio para continuar desenvolvendo ações”.

No espaço de perguntas da produção do Fatorama, sobre o tema inovação, o candidato Marcelo Furmann lembrou o planejamento estratégico é alcançar os objetivos para o São Luiz até 203o, e neste sentido a meta é chegar a série C com calendário de futebol para o ano todo desde já. É preciso discutir os objetivos com o  Conselho Deliberativo para atingir as metas, segundo ele. Ações de marketing, atração de recursos  com o gestor sendo uma parte do mecanismo ou a ferramenta para alcançar estes objetivos também estão no horizonte.

Vilson Hepp disse que “a inovação está com nós já. O clube dentro das possibilidades está pensando o imediato, logo, o futebol . O planejamento estratégico a curto prazo tem 60 dias independente de quem vencer, amanhã já tem que trabalhar futebol – por quê a inovação dentro do nosso planejamento vai acontecer diariamente”. Vilson Hepp disse ainda que é preciso ser craque e colocar projetos em prática com competência. Segundo ele “o papel aceita tudo. Eu quero ver na hora da execução; e nosso grupo tem experiência”.

Jornalista Zalmir Soares conduziu por 1h30 minutos o debate entre os candidatos a presidências do São Luiz

Sobre valorização das categorias de base , Vilson Hepp disse que um planejamento foi feito e que está dando certo. A ideia é de que haja o auxilio do clube para captar os melhores garotos do sub-17 e sub-19 para participar do futebol profissional, além da realização de reuniões mensais para ouvir a base, trabalhando o futuro do clube. “Precisamos buscar a colocação de jogadores do mercado, hoje estamos limitados com ações a curto prazo e sem suporte financeiro”.

Marcelo Furmann disse que a ideia é manter a parceria com RWO que faz a parte da gestão e formação esportiva nas categorias de base. Aproximar ainda mais o futebol de base da gestão do clube e integrá-los junto a vice presidência de futebol para que possam trazer informações sobre o desenvolvimento dos garotos. Segundo ele haverá políticas para formar não apenas jogadores, mas também cidadãos, e que hoje o clube conta com profissionais qualificados para realização deste trabalho.

Em novo espaço de perguntas entre os candidatos, Vilson perguntou para Marcelo qual o tempo dará ao clube já que é funcionário público. Furmann disse que seu projeto de gestão não se baseia em pessoas e sim em projetos e ressaltou que seu projeto é tri-partite e dentro do planejamento de grupo, estabeleceu que enquanto ele estiver nas suas funções publicas, quem responderá pelo clube serão o gerente executivo, o diretor executivo que atuarão como uma espécie de Ceo. Os vice presidentes de área também terão maior poder decisório. “Para comprar papel higiênico não precisa passar pelo presidente de clube. Tenho uma carga horária de 7 horas diárias, nas outras 17h estarei a disposição”, disparou.

Hepp disse que o presidente é fundamental dentro do clube e lembrou do trabalho coletivo que as 18 pessoas que estão em sua chapa irão realizar. Precisa estar junto, próximo para tomar decisão, reiterando que estará aberto para o diálogo também com o torcedor. “Vilson Hepp, Sadi Pereira, Pedro Pittol estarão dentro do clube. Gestão no papel é uma coisa, quero ver na prática”, respondeu dizendo que seu planejamento para o futebol já começa a partir de amanhã.

Seguindo o debate, Furmann falou que ainda integra grupos de Watts do clube e ressaltou que Vilson assiste aos jogos da sua cadeira, “enquanto o nosso grupo está nas catracas ou em outras partes do estádio trabalhando, o Sr. assiste ao seu jogo sentado”, alfinetou.

Para Furmann, a gestão não precisa ser in-loco, e quem bate cartão é funcionário. Lembrou que a pandemia ensinou que não precisa estar no local para fazer gestão. Sobre a Copa Rei Pelé, promovida pela FGF, indagação de Hepp, Marcelo disse que a ideia é captar recursos; e paralelamente fazer a prospecção de jogadores. Salientou que o Marketing e setor administrativo já estão trabalhando na busca de investimentos e reafirmou que o São Luiz disputará a Copinha lembrando que a composição do futebol em sua chapa tem Vilson Cezimbra, Celso Lendecker, Delmar Blatt e Luciano Miron e ainda será anunciado um diretor de futebol  após a eleição.

“Juntamente com a necessidade de viabilização da Copa, com contratação de jogadores e comissão técnica, precisamos tocar projetos que vão vencer em dezembro. É preciso alocar recursos para não se apertar no final. Não é só levantar taça que irá fazer o São Luiz grande nos próximos anos e em janeiro o São Luiz precisa manter suas portas abertas”, destacou.

Vilson Hepp disse que o ex-atleta Tiago Stragliotto, a quem chamou de multicampeão, será o gerente de futebol. “é preciso fazer time forte para buscar o Bi da Copa e nossa ideia é fazer equipe competitiva”. Os candidatos ainda debateram sobre questão de finanças e a necessidade do cumprimento da legislação no sentido da liberação do Estádio para a prática do futebol nos campeonatos vindouros.

Na parte final do debate promovido pela Rádio Repórter, os candidatos foram provocados a falar sobre pontos positivos das respectivas chapas oponentes. Vilson Hepp disse que Marcelo tem boa formação, boa oratória, e ressaltou o que foi realizado no clube e o que será mantido. “Eu gostaria de ter ele do meu lado para gestar os projetos”. Disse esperar fazer bom trabalho com a mescla da experiência e as pessoas novas que estão entrando. Sobre se apoiaria a chapa de Marcelo em caso de derrota, Vilson disse que “Somos todos Rubro e vamos apoiar mesmo não estando muito próximos do clube”.

Marcelo agradeceu as palavras e ressaltou como ponto positivo, o fato de Hepp ter agregado pessoas que haviam se retirado do estádio e a montagem de sua chapa com pessoas de renome, tempo de casa e que inclusive salvaram o São Luiz em tempos de crise. “É muito bom. É legal poder conversar novamente e trazer essas pessoas para o clube e ver essa vontade de voltar. A proposta da chapa do Vilson diverge um pouco da nossa e por isso a discussão de ideias e a exposição de mídia que nos últimos dias fez o Rubro crescer. A quantidade de pessoas que se interessaram pelo pleito pode ser uma das ferramentas que agora trará mais torcedores para dentro do São Luiz”, afirmou.

O candidato também afirmou que sua chapa vai auxiliar em tudo que for necessário. “Todo o grupo estará disponível para o que precisar por que o clube é de todos, então todos vamos trabalhar independente do resultado do pleito, buscando fazer o time crescer”.

Por fim Vilson Hepp disse que tinha ideia inicial de fazer composição única e que até hoje não sabe por que nomes se retiraram de sua chapa para formatar outra. “A gente não recua quando dá a palavra. Me senti mal dois dias por que disseram “não” para mim. Não levo problemas para casa, minha esposa perguntou o que estava ocorrendo, tendo em vista minha ideia de que tivéssemos uma chapa só, mas no final, consegui montar um bom grupo para colocar a disposição dos sócios do São Luiz”, concluiu.

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Fonte: Rádio Repórter