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Iguatemi

Brasil tem queda no percentual de famílias endividadas

Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas no Brasil apresentou uma queda, alcançando 76,1%, conforme revelado pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado de janeiro mostra uma redução de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e uma queda de 2 pontos percentuais quando comparado ao mesmo período do ano passado.

No mês de janeiro, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade de seus rendimentos para quitar dívidas, o que representa o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias alocaram 30% de seus ganhos para esse fim, um aumento de 0,2 ponto percentual. O estudo também revelou um crescimento na percepção de endividamento, com 15,9% da população se considerando “muito endividada”, em comparação a 15,4% no final do ano passado.

José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, comentou sobre a situação: “Os juros elevados e a seletividade do crédito fazem com que os consumidores procurem fazer menos dívidas e, como efeito adverso, aumentam sua percepção de endividamento. A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025.”

De acordo com a CNC, essa preocupação crescente levou a uma diminuição no número de famílias com dívidas em atraso, que agora representam 29,1%, uma leve queda em relação aos 29,3% registrados em dezembro. Além disso, o percentual das famílias que não conseguem pagar suas dívidas também recuou mensalmente de 13% para 12,7%. No entanto, esses números ainda estão acima dos patamares observados em janeiro de 2024, que eram de 28,3% e 12%, respectivamente.

Fonte: CNC