Repórter

Iguatemi

Tesouro Nacional nega empréstimo aos Correios

O empréstimo de R$ 20 bilhões de um conjunto de bancos aos Correios ficou mais distante após a reprovação do Tesouro Nacional. A operação foi considerada inviável devido aos juros solicitados pelo grupo de bancos que aceitou realizar a operação.

A proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração dos Correios no último sábado (29) e é coordenada por cinco instituições: Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra. Esses bancos pediam juros de 136% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), acima do limite de 120% do CDI estipulado para operações de crédito com garantia da União de dez anos.

A decisão do Tesouro foi comunicada na segunda-feira (2) ao presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, em uma reunião no Ministério da Fazenda. Com a reprovação, o Tesouro não poderá fornecer garantias da União, que cobriria uma eventual inadimplência dos Correios, reduzindo o risco para as instituições financeiras.

Com essa decisão, os Correios e os bancos podem negociar uma taxa de até 120% do CDI. Além disso, a estatal pode aguardar um aporte direto do Tesouro Nacional para cobrir parcialmente um prejuízo que chega a R$ 6,05 bilhões de janeiro a setembro deste ano.

O CDI, que é a taxa utilizada no crédito interbancário, está um pouco abaixo da Taxa Selic. Com a Selic atual de 15% ao ano, um CDI de 136% equivaleria a aproximadamente 20% ao ano, enquanto um empréstimo de 120% do CDI seria corrigido em cerca de 18% ao ano.

Fonte: Tesouro Nacional