Desembargador Francisco Rossal visitou o prefeito Andrei Cossetin
O prefeito Andrei Cossetin, recebeu em seu gabinete a visita do presidente do TRT4, desembargador Francisco Rossal de Araújo, na manhã desta quarta-feira(3).
O encontro teve o objetivo de aproximar a administração municipal do TRT4 e às comunidades locais. Entre os assuntos abordados na reunião, a atuação da Justiça do Trabalho principalmente nos últimos anos, como em período de pandemia onde se atendeu meio milhão de pessoas por ano e também projeções para este ano e os próximos.
Falando no programa Fatorama da Rádio Repórter, Francisco Rossal destacou que a visita á Ijuí faz parte do programa de interiorização do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, visitando todas as cidades gaúchas onde existam varas do trabalho com o intento da aproximação da comunidade, conhecendo sua realidade, mercado de trabalho, conflitos laborais e perspectivas econômico sociais de cada região. Rossal está nesta quarta-feira em Ijuí, amanhã estará em Santo Ângelo e na sexta-feira, dia 5, em Farroupilha.
destacou que as relações de trabalho são diferentes de região para região e para se distribuir justiça, o primeiro pressuposto é o conhecimento da realidade de cada região sendo este o objetivo do programa que em Ijuí, além da agenda na Vara da Justiça do Trabalho, também contemplou visitas ao prefeito Andrei e ao presidente da Câmara Paulo Braga. Além destes também a OAB e o Sindicato dos empregados da região também foram visitados.
A justiça do trabalho tem uma história junto às comunidades onde atua fazendo a intermediação de conflitos da relação do trabalho, disse o desembargador, reiterando que “para nós interessa que as coisas se resolvam”. Lembrou que o Rio Grande do Sul é dos estados com o maior índice de conciliação em todo o Brasil e isso mostra a disposição pelo diálogo no sentido de desenvolver as relações de trabalho; e em Ijuí, onde a Vara do Trabalho atende outros sete municípios a média anual de casos que vão parar na justiça do trabalho chega a 700 casos.
Ao projetar ações futuras, lembrou do impacto forte no funcionamento da Justiça do Trabalho devido a pandemia da Covid-19. No entanto, na atualidade, os casos que ficaram reprimidos naquele período agora já estão fluídos com a justiça do trabalho funcionando a pleno vapor.
O desembargador falou ainda sobre os 80 anos da Consolidação das Leis do Trabalho e por obvio muitas transformações ocorreram neste período. No entanto, as mudanças não mexeram na essência da CLT e os direitos básicos estão garantidos a todos os trabalhadores. “São conquistas de uma época que ninguém pensa em trabalhar sem direitos mínimos hoje. Dentre os objetivos da CLT estão a garantia dos direitos de todos os trabalhadores. Eu não posso tratar o ser humano como se fosse uma mercadoria. É preciso tratar as pessoas com dignidade. É muito mais do que apenas trabalhar e receber o salário, por que a distribuição justa da riqueza é tão importante quanto a criação da riqueza, e essa é a característica de todos os direitos trabalhistas, e previdenciários. Para se desenvolver uma sociedade, é preciso desenvolve-la por completo, ou seja, temos que ter boas empresas, e bons empregos para que todos ganhem com isso”, concluiu.